sexta-feira, 16 de julho de 2010

Filosofia Contemporanea

Filosofia Contemporanea
Abrange o pensamento filosófico que vai de meados do século XIX e chega aos nossos dias. Esse período, por ser o mais próximo de nós parece ser mais o mais complexo e o mais difícil de definir, pois as diferenças entre as várias filosofias ou posições filosóficas nos parecem muito grandes porque estamos vendo surgir entre nós.
Consideramos comocontemporânea a filosofia que se estende, dentro da imprecisão cronológica própria das produções culturais, ao longo da segunda metade do século XIX e da primeira metade do século XX. A filosofia contemporânea, nas suas linhas mais fundamentais e características, só pode ser adequadamente compreendida em relação com a obra de Hegel. Com efeito, a filosofia contemporânea constitui em grande medida uma reação contra o sistema hegeliano, ao mesmo tempo que retoma poucas das suas análises e interrogações. A mais notável e radical reação contra o sistema de Hegel é feita porMarx, pelomarxismo. O marxismo, entroncado originalmente na esquerda hegeliana, distingue e separa o sistema hegeliano (idealista) do método dialético. Aceitando e transformando este último, a filosofia marxista "inverte" o sistema de Hegel, propondo uma visão dialética-materialista da consciência, da sociedade e da história. Outra reação contra o hegelianismo - reação estreitamente vinculada à situação econômica, social e intelectual resultante da revolução industrial - é representada pelopositivis mo, especialmente o deComte. Neste caso, reage-se contra o "racionalismo" hegeliano naquilo que possa ter de menosprezo da experiência, com a pretensão de instaurar um saber positivo, capaz de fundamentar uma organização político-social nova. ComoMarx,Comte conserva, no entanto, embora transformando-o, um momento importante do hegelianismo: a idéia de "espírito objetivo". O positivismo (tomado, em geral, como uma atitude renitente à especulação filosófica e propenso a considerar a ciência como forma de conhecimento, não só modelar, mas exclusiva) constitui, além disso, uma constante na história do pensamento. Apesar das suas notáveis diferenças na maneira de pôr os problemas, é possível reconhecer esta linha no empirismo do século XVIII, no positivismo do século XIX e no positivismo lógico ou empirismo lógico do século XX. O empirismo lógico ou
positivismo lógico do séc. XX constitui um dos movimentos (juntamente com o
"atomismo lógico" e a filosofia analítica) integrantes da corrente analítica dos nossos
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dias, cuja máxima originalidade consiste em haver transformado o próprio conceito de
filosofia: para a corrente analítica, a filosofia não tem por objeto a realidade, mas a
análise da linguagem acerca da realidade, quer se trate da linguagem ordinária ou
comum, ou da linguagem científica acerca da realidade. Outras correntes da filosofia contemporânea tomaram como objeto principal de consideração o fenômeno da história, da vida e da irredutibilidade da existência pessoal: as filosofias historicistas, vitalizas, existencialistas e personalistas. Oexistencialis mo constitui, originalmente, uma reação contra o hegelianismo e em favor da individualidade, colocando em primeiro plano a categoria desingularidade, preferida pelo "sistema dialético" de Hegel (Kierkegaard). No seu desenvolvimento no século XX (Heidegger, Sartre), a par da reação anti-hegeliana já apontada, o existencialismo depende diretamente da
fenomenologia deHusserl, no tocante às suas análises da existência humana. Quanto
aovitalismo deNietzsche, representa uma reação não apenas contra Hegel, mas contra toda a tradição intelectualista-religiosa que se opôs à vida e aos valores vitais, desde que se verificou a aliança do platonismo com o cristianismo. Mesmo quando as correntes filosóficas que mencionamos remetem direta ou indiretamente para Hegel, seria errado deduzir dele, por oposição ou continuação (ou por ambas as coisas), todo o pensamento contemporâneo. O descrédito geral daespeculação filosófica subseqüente ao hegelianismo conduziu a atitudes relativistas e cépticas contra as quais se levantou também a filosofia. Este enfrentamento com o relativismo e o cepticismo tornou-se patente a partir de diferentes posições, tanto nafeno menologia deHusserl (intento de fazer da filosofia uma ciência de rigor), como nas investigações acerca da
vida e da história levadas a cabo porDilthey e Ortega y Gasset. Estes dois filósofos
pretendemco mpreender a vida e a história com base em categorias especifica rigorosas. Talvez a característica externa mais saliente da filosofia contemporânea seja a disparidade de enfoques, sistemas e escolas, face ao desenvolvimento, de certo modo mais uniforme e linear, da filosofia moderna (racionalismo, empirismo, Kant, idealismo hegeliano). Para esta proliferação de pontos de vista e de escolas, contribuíram, em grande medida, fatores sócio-culturais, como: a crise contemporânea dos sistemas políticos, o avanço espetacular das ciências naturais e lógico-formais e o desenvolvimento das ciências humanas, cujos métodos e resultados tiveram
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